O dólar se fortaleceu na comparação com rivais em geral e emergentes nesta segunda, 10, em meio ao recrudescimento das tensões entre Estados Unidos e China e às repercussões da assinatura do presidente americano, Donald Trump, de quatro decretos executivos com medidas de estímulos fiscais, após o fracasso das negociações com a oposição.

Perto do horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia a 105,97 ienes, o euro recuava a US$ 1,1744 e a libra avançava a 1,3074. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana contra seis divisas fortes, fechou em alta de 0,16%, a 93,435 pontos.

“O dólar manteve seus ganhos recentes. No entanto, continuamos a ver este salto do dólar com ceticismo, uma vez que os riscos negativos para o desempenho econômico dos EUA continuam a aumentar devido à falta de uma legislação de estímulos agressiva”, analisa o BBH, em relatório.

No sábado, Trump decidiu agir de forma unilateral, depois que republicanos e democratas não conseguiram chegar a um acordo por um novo pacote de alívio econômico. Por meio de decretos, o presidente, entre outras medidas, deu continuidade ao benefício adicional para desempregados, que caiu de US$ 600 para US$ 400 por semana. O texto estabelece que os governos estaduais teriam de arcar com US$ 100, o que vários governadores já disseram ser inviável.

Segundo o analista do Western Union, Joe Manimbo, a divisa americana também respondia a números do mercado de trabalho americano. Ele ponderava em relatório, porém, que o apetite por risco era contido pelas tensões EUA-China e pela “perspectiva incerta” sobre os estímulos fiscais nos EUA, mesmo após os decretos de Trump.