O dólar se desvalorizou na comparação com rivais nesta terça-feira, 24, com a demanda pela segurança da moeda americana reduzida, em meio ao otimismo nos mercados financeiros com o início formal da transição para o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, e notícias positivas sobre vacina eficaz para o coronavírus.

No fim da tarde em Nova York, o dólar cedia a 104,52 ienes, enquanto euro avançava a US$ 1,8888 e a libra subia a US$ 1,3357. O índice DXY, que mede a variação da divisa norte-americana ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em baixa de 0,30%, a 92,226 pontos. “O otimismo dos investidores melhorou após o governo federal autorizar a transição a Biden começar”, explica o analista Joe Manimbo, do Western Union.

Segundo Manimbo, também repercutiu bem os relatos de que o democrata deve indicar a ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Janet Yellen como secretária do Tesouro. “Yellen é considerada uma defensora de mais estímulos para ajudar a atenuar o prejuízo econômico causado pela pandemia de coronavírus”, lembra.

O cenário de apetite por risco foi alimentado ainda por notícias sobre a vacina para a covid-19. Um dia após a AstraZeneca informar que o imunizador que desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford teve eficácia média de 70% na prevenção da doença, a Rússia revelou que a sua fórmula, conhecida como Sputnik V, teve eficiência de 91,4%.

Ante moedas expostas a commodities, o dólar caía a 75,501 rublos russos e a 20,0504 pesos mexicanos, após um dia de fortes ganhos do petróleo, que voltou aos níveis de março.