Na contramão do exterior, onde o dólar perdeu força após o dado do PMI dos EUA abaixo do esperado em agosto, a moeda americana renovou máximas no mercado doméstico no fim da manhã da quinta-feira, 22. Segundo operadores de câmbio, a pressão de alta reflete a continuidade de saídas de investidores estrangeiros do mercado doméstico e também um movimento de busca de proteção por tesourarias e importadores antes do pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, em Jackson Hole.

“O mercado quer ver qual a cabeça do Fed sobre o que está acontecendo na economia americana e no mundo e quer ouvir de Powell que o Fed vai seguir cortando juros. Do contrário, poderá estressar ainda mais a amanhã”, avalia Iha.

Para Jefferson Rugik, diretor superintendente da Correparti, o mercado realiza compras defensivas principalmente no aguardo do pronunciamento amanhã do mandatário do Fed.

“O real acompanha a desvalorização das moedas emergentes ligadas às commodities frente o dólar nesta manhã”, diz Rugik.

O dólar à vista subiu até R$ 4,0552 (+0,62%). E o dólar futuro para setembro teve máxima, aos R$ 4,0575 (+0,72%)