O dólar caiu nesta quinta, 8, ante outras moedas principais, sem muito impulso, com investidores atentos às idas e vindas na negociação sobre novo estímulo fiscal nos Estados Unidos. Houve ainda vários discursos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), enquanto na Europa a ata do Banco Central Europeu (BCE) foi avaliada.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 106,03 ienes, o euro recuava a US$ 1,1757 e a libra tinha alta a US$ 1,2932. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,03%, a 93,605 pontos.

O dólar não mostrou grande impulso, oscilando perto da estabilidade ao longo do dia. Na agenda de indicadores, os novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA recuaram 9 mil na semana, a 840 mil, mas analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam 825 mil.

À tarde, o dólar não mudou de direção mesmo após a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, sugerir que pode não apoiar medidas parciais de estímulo fiscal, almejando ainda um pacote abrangente sobre o tema. Entre os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), vários reforçaram a importância de estímulo fiscal neste momento.

A eleição americana também segue no radar dos investidores. A Western Union comenta em relatório que caso se fortaleça a chance de vitória do democrata Joe Biden, isso pode pressionar o dólar, com a possibilidade de mais estímulo fiscal.

Na Europa, a ata do BCE mostrou que os dirigentes continuam a concordar sobre a manutenção de estímulos amplos. Para o BK Asset Management, o euro deve passar por uma correção em breve. O banco de investimentos aponta como argumentos: uma nova onda da covid-19 na Europa; o risco de novas paralisações parciais na atividade por causa do problema de saúde; a chance de que o BCE relaxe mais a política monetária; e também a incerteza com as eleições americanas.