O dólar desacelera a alta acompanhando a perda de força do índice DXY da moeda norte-americana ante seis rivais em meio a máximas registradas pelos rendimentos dos Treasuries longos há pouco. O operador Hideaki Iha, da corretora Fair, afirma que o mercado de câmbio opera sintonizado à cautela no exterior com investidores preocupados com a inflação americana e à espera da fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, em audiência na Câmara dos Representantes à tarde.

“Pode ter pressão dos deputados americanos para que o Fed olhe para a inflação pressionada, que prejudica mais as classes menos favorecidas”, comenta Iha.

A alta do dólar frente o real é limitada também por expectativas e algum ingresso de fluxo de estrangeiro diante das previsões de aperto maior da taxa Selic, enquanto o Fed pode manter juros baixos, e também para IPOs programados na Bolsa, diz Iha.

A queda inicial do dólar à mínima a R$ 5,0069 precificou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), cujo tom mais duro já era esperado, por isso, o efeito de baixa foi pontual”, afirma o operador.

Às 10h49, o dólar á vista subia 0,18%, a R$ 5,0319. O dólar futuro para julho ganhava 0,39%, a R$ 5,0365.