O dólar recuou levemente ante rivais nesta quarta-feira, 29, com exceção do euro e da libra, após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e com o avanço do coronavírus no radar.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 109,08 ienes, o euro caía a US$ 1,1010, e a libra recuava a US$ 1,3015, quase estável. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, registrou leve queda de 0,03%, a 97,991 pontos.

O Fed decidiu manter a taxa de juros, mas o presidente da instituição, Jerome Powell, mencionou preocupações com incertezas globais e disse não estar confortável com a inflação abaixo da meta.

“O anúncio de política monetária do Fed provou ter sido marginalmente negativo para o dólar”, comenta Kathy Lien, diretora-gerente de estratégia de câmbio do BK Asset Management.

Em seu discurso, Powell citou o coronavírus como uma “questão muito séria”. Na China, o número de pessoas infectadas já passou de seis mil e há pelo menos 132 mortes. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, marcou para amanhã uma reunião para decidir se declara ou não emergência de saúde global por causa do vírus.

“O dólar continua se beneficiando das preocupações de que o vírus mortal da China possa causar danos à economia mundial”, afirma Joe Manimbo, analista sênior de mercado do Western Union.

Ante divisas emergentes e commodities, o dólar subia a 60,1643 pesos argentinos e a 14,6077 rands sul-africanos, mas caía a 18,6994 pesos mexicanos, no fim da tarde em Nova York.