O dólar recuou levemente ante rivais nesta terça-feira, 29, com investidores aguardando a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que será divulgada amanhã. A expectativa majoritária é que haja corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros do país, o que tende a pressionar a moeda americana.

Próximo ao horário de fechamento em Nova York, o dólar caía a 108,83 ienes, enquanto o euro subia a US$ 1,1114 e a libra avançava a US$ 1,2862. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis rivais, fechou em queda de 0,08%, a 97,690 pontos.

A espera pela decisão de política monetária do Fed pautou o mercado cambial nesta terça-feira. É amplamente esperado que a instituição reduza a taxa básica de juros do país em 25 pontos-base, levando-a para a faixa de 1,50% a 1,75%, o que pressiona o dólar – sobretudo ante o euro -, já que relaxamentos monetários tendem a depreciar moedas.

Contudo, o efeito sobre a divisa americana é limitado, considerando que a sequência de afrouxamentos por parte do Fed pode não se manter. “O desempenho do dólar hoje confirma que investidores esperam que esse seja o último corte a ser feito pelo banco central americano, neste ano”, destaca Kathy Lien, diretora-gerente de estratégias de câmbio do BK Asset Management.

Ante moedas emergentes, o dólar não firmou direção única. Em relação ao peso argentino, a divisa dos Estados Unidos apresentou perda: no fim da tarde em Nova York, caía a 59,3885 pesos argentinos, ainda reagindo à decisão do Banco Central da República Argentina (BCRA) de limitar a compra de dólares no país, após a chapa de oposição liderada por Alberto Fernández vencer as eleições presidenciais em primeiro turno.

Mas o dólar subiu a 727,04 pesos chilenos, na marcação supracitada, mesmo após o presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciar a substituição de oito ministros, na tentativa de conter os protestos que assolam o país.