O dólar opera em baixa no mercado doméstico na manhã desta sexta-feira, 11. Os ajustes acompanham a desvalorização predominante da moeda americana no exterior em relação a divisas principais, como euro e libra, e emergentes ligadas a commodities em meio a expectativas otimistas com o encontro, à tarde, em Washington, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o vice-premiê da China Liu He, principal negociador de comércio de Pequim.

No Reino Unido, a libra atingiu o patamar mais alto desde 2 de julho em relação ao dólar, a US$ 1,2686. A correção veio após o jornal The Guardian relatar que Michel Barnier, principal negociador para o Brexit da UE, vai buscar intensas negociações com o Reino Unido sobre as mais recentes propostas do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Internamente, há aposta em ingresso de fluxo cambial. O domínio das empresas petroleiras estrangeiras na 16ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada na quinta-feira, 10, ampara a perspectiva de ingressos de fluxo cambial, ainda que as entradas venham ser parciais no curto prazo. Ao todo, a União arrecadou R$ 8,915 bilhões, com ágio de 322,74%.

Mesmo com a oferta apenas de blocos fora da cobiçada área do pré-sal, empresas do porte da Chevron, ExxonMobil, Total e Shell tiveram participação agressiva, tanto no valor dos lances como no número de blocos arrematados.

Na agenda interna, os dados sobre serviços prestados vieram bem fracos e ajudam na queda dos juros futuros, mas não afetam diretamente o dólar. O volume de serviços prestados caiu 0,2% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, o resultado foi revisto de uma alta de 0,8% para 0,7%.

Na comparação com agosto do ano anterior, houve queda de 1,4% em agosto de 2019, já descontado o efeito da inflação. A taxa acumulada no ano foi de 0,5%. Em 12 meses, houve elevação de 0,6%.

Às 9h41 desta sexta, o dólar caía 0,46%, aos R$ 4,1035. O dólar futuro de novembro recuava 0,17%, a R$ 4,1090.