O dólar caiu diante de outras moedas principais e de mercados emergentes nesta terça-feira, 30, à medida que os agentes monitoraram a possibilidade de uma redução na taxa de juros sobre o excesso de reservas (IOER, na sigla em inglês) pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na reunião de política monetária de quarta-feira.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar caía para 111,38 ienes, enquanto o euro subia para US$ 1,1221. Nesse cenário, o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas fortes, encerrou a sessão com 97,479 pontos, o que representa queda de 0,39%.

Atualmente em 2,40%, a IOER funciona como um teto informal para a taxa dos Fed funds. Esse limite, contudo, falhou nos últimos dias à medida que a taxa de juros ultrapassou o nível da IOER e gerou especulações quanto a uma possível redução nesses juros. “Um corte de 5 pontos-base ajudaria a reduzir a taxa efetiva”, apontaram economistas do Mitsubishi-UFJ Financial Group. Eles, contudo, ressaltaram que o movimento, embora de caráter técnico, poderia ser lido como “dovish” pelos mercados financeiros, o que ajudou nas perdas registradas pelo dólar nesta terça-feira.

A possibilidade de redução na IOER se somou à queda ao menor nível desde janeiro de 2017 do índice de atividade industrial de Chicago medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) e impôs perdas generalizadas ao dólar. Até mesmo o peso argentino conseguiu se impor na briga contra a moeda americana, mesmo diante de uma greve geral convocada por sindicatos contra o governo do presidente Maurício Macri. A paralisação afeta transportes, voos, bancos, órgãos públicos, escolas e hospitais, mas, mesmo nesse cenário, o dólar caía para 44,3510 pesos argentinos no fim da tarde em Nova York.