O dólar opera em baixa na manhã desta segunda-feira, 24, sob influência do otimismo predominante no exterior com uma possível vacina contra o novo coronavírus nos Estados Unidos antes das eleições presidenciais, marcadas para novembro. Para isso, o governo Trump está considerando acelerar o processo de aprovação de uma vacina experimental desenvolvida no Reino Unido.

Por enquanto, o apetite por ativos de risco impulsiona as bolsas internacionais e as commodities, como petróleo e cobre, e tira força da moeda norte-americana ante seus pares principais e divisas emergentes e ligadas a commodities.

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No mercado doméstico, a queda da moeda dos EUA reflete uma realização parcial de ganhos acumulados em 3,31% na semana passada e de quase 40% no ano. Só em agosto, o dólar carrega valorização de quase 7% ante o real (6,68% às 9h22). No entanto, a direção do dólar durante a sessão deve depender ainda das avaliações preliminares dos investidores sobre o pacote de medidas econômicas que o governo federal pretende divulgar amanhã, quando deve ser conhecido também o IPCA-15 de agosto.

Na Pesquisa Focus desta segunda, a Selic no fim de 2020 permaneceu em 2% ao ano, mas passou de 2,75% para 3% no fim de 2021, enquanto a expectativa para a economia este ano passou de retração 5,52% para queda de 5,46% e, para a taxa de câmbio, a mediana no fim do ano seguiu em R$ 5,20 e, para 2021, permaneceu em R$ 5,00.

Às 9h23, o dólar à vista caía 0,75%, a R$ 5,5637. O dólar futuro para setembro recuava 1,13%, a R$ 5,5650.

Mais cedo, a FGV informou que o IPC-S teve alta de 0,51%, 0,01 ponto porcentual abaixo da taxa anterior, de 0,52%. Já a confiança do consumidor aumentou 1,4 ponto em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu a 80,2 pontos.