O dólar opera em queda nesta terça-feira (28) em meio à postura mais intervencionista do Banco Central e a desvalorização da moeda americana no exterior. Também ajuda o cenário político menos tenso e a deflação do IPCA-15 de abril, de -0,01% (ante +0,02% em março), no menor nível para o mês desde o Plano Real, decorrente do impacto do isolamento social pela pandemia de covid-19.

Ainda assim, operadores avaliam que o mercado cambial pode ficar volátil durante o dia, com possível alta da moeda americana na sessão, ainda que pontual. O investidor digere a nomeação André Mendonça como ministro da Justiça e Segurança Pública, além da confirmação do delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, em substituição a Maurício Valeixo; Ramagem é próximo do clã Bolsonaro.

Além de possível continuidade de um fluxo financeiro negativo, os investidores estrangeiros podem defender ainda posições técnicas, agora comprada em dólar futuro, sobretudo à tarde, com a proximidade do fechamento da Ptax de abril, nesta quinta-feira.

De todo modo, se o real vir a se descolar da valorização predominante de outras moedas emergentes no exterior, o Banco Central pode voltar a atuar, injetando liquidez e tirando força dos preços à vista, como se viu nas últimas duas sessões.

Às 9h23, o dólar à vista caía 0,85%, a R$ 5,6099. O dólar futuro de maio recuava 0,80%, a R$ 5,6115.