O dólar recuou ante rivais nesta sexta-feira, embora tenha fechado a semana em alta, após uma queda inesperada do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos na leitura preliminar de fevereiro. Além disso, as divisas europeias se fortaleceram após alta acima do esperado de indicadores na zona do euro.

No fim da tarde de Nova York, o dólar caía a 111,58 ienes, o euro subia a US$ 1,0852 e a libra avançava a US$ 1,2963. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, registrou baixa de 0,60%, a 99,262 pontos, mas teve alta de 0,14% na semana.

Depois de ter avançado durante a semana sobre moedas rivais, o dólar foi pressionado hoje pelo recuo dos PMIs composto e de serviços nos Estados Unidos, na leitura preliminar de fevereiro, ao menor nível em 76 meses.

“O rali do dólar tomou um ar”, comenta o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union. Na visão do banco holandês ING, no entanto, “o dólar deve ao menos reter sua força, com uma chance de mais valorização” nos próximos dias.

Por outro lado, indicadores com alta acima do esperado na zona do euro, no Reino Unido e na Alemanha fortaleceram o euro e a libra. “Ainda assim, o sentimento decididamente de baixa que envolveu o euro ameaça minar ralis e o deixa vulnerável a renovadas pressões de venda”, pondera Manimbo.

Fica no radar dos investidores, ainda, o avanço do surto de coronavírus, que tem impulsionado um busca por segurança no mercado que beneficia o dólar. Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que já são mais de 75 mil pessoas infectadas pelo vírus na China, com pelo menos 2.239 mortes.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar subia a 18,9017 pesos mexicanos e a 61,7601 pesos argentinos, mas caía a 14,0060 rands sul-africanos, no fim da tarde em Nova York.