O dólar fechou em queda em relação às suas principais rivais, nesta quarta-feira, 14, após dados mostrarem um avanço do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) maior que o esperado nos Estados Unidos em janeiro.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 107,01 ienes, de 107,79 ienes na tarde de terça-feira; o euro subia a US$ 1,2454, de US$ 1,2360; e a libra avançava a US$ 1,4000, de US$ 1,3887.

As expectativas por uma expansão contínua do déficit orçamentário do governo dos EUA, combinadas com o crescimento do déficit comercial do país para US$ 566 bilhões – o pior desde 2008 -; pressionaram o dólar ao passo em que os juros dos Treasuries avançavam, de acordo com analistas. Isso dificulta a permanência de alguns investidores na moeda.

A inflação ao consumidor americano avançou 2,1% nos 12 meses encerrados em janeiro – o mesmo aumento anual verificado em dezembro. O Núcleo do CPI subiu 1,8% no ano. Economistas esperavam um aumento de 1,9% na inflação geral e de 1,7% no núcleo do CPI.

Por causa do aumento de gastos por causa da alta dos preços de energia, alguns analistas disseram que a pressão inflacionária pode diminuir nos próximos meses, dado o recuo dos preços do petróleo em fevereiro.

Enquanto as pressões inflacionárias se intensificam, os investidores dizem que elas não são extremas e parecem mais acentuadas por causa do ambiente de inflação insistentemente baixa que prevaleceu desde a crise financeira dos EUA.

“Eu não acho que estamos repentinamente em um mundo diferente”, disse Ilya Gofshteyn, estrategista do Standard Chartered Bank. Enquanto os dados de inflação podem impulsionar a moeda ao aumentar a percepção de que o Fed vai acelerar seu ritmo de aperto monetário, “o déficit dos EUA está parecendo bem ruim e está pressionando o dólar”, completou.

Na Chicago Mercantile Exchange (CME), o contrato da bitcoin para fevereiro fechou em alta de 6,78%, a US$ 9.290,00. (Com informações da Dow Jones Newswires)