O dólar opera em baixa na manhã desta terça-feira, 3, diante da melhora do ambiente de negócios internacional, onde as bolsas sobem e a moeda americana recua ante pares principais e divisas emergentes ligadas a commodities.

Lá fora, embora as disputas comerciais entre Estados Unidos e China continuem no radar, o clima é mais ameno após o presidente americano Donald Trump ter afirmado na segunda-feira, 2, que não pretende deixar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e que irá anunciar novos acordos comerciais em breve.

Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o ministro do Interior, Horst Seehofer, chegaram a um acordo na noite de segunda sobre a questão imigratória, garantindo a sobrevivência de Merkel no cargo.

A expectativa dos agentes financeiros é de que os negócios se concentrem na primeira parte da sessão e a liquidez tende a diminuir à tarde com o encerramento antecipado dos mercados norte-americanos no começo da tarde (Bolsas às 14h e Treasuries, às 15h), por causa do feriado pelo Dia da Independência dos Estados Unidos, nesta quarta-feira, dia 4, quando os mercados em Wall Street ficarão fechados.

Diante do sinal de baixa do dólar até o momento, o Banco Central (BC) pode não realizar novamente leilão extraordinário no mercado de câmbio, marcando a sétima sessão consecutiva sem leilões de novos contratos de swap (venda de dólar no mercado futuro) e a terceira sem operação de linha com recompra. Para esta terça está agendada apenas uma operação de rolagem de US$ 700 milhões em swap cambial com vencimento em 1º de agosto (11h30).

No radar dos agentes financeiros está o “estado de greve” dos caminhoneiros, disse um operador de uma corretora. Uma nova paralisação não tem sido descartada pela categoria nos últimos dias caso a MP 832, que institui a política de preços mínimos do transporte rodoviário de cargas, não seja votada.

Segundo o relator da matéria, deputado Osmar Terra (MDB-RS), a expectativa é apresentar o texto ainda nesta terça na comissão especial que analisa a MP, o que, se confirmado, eleva a chance de o texto ser apreciado no plenário da Câmara na quarta e, no plenário do Senado, no dia 11 de julho, antes do recesso parlamentar.

Além disso, os dados da balança comercial de junho saem à tarde (15h) e devem ter superávit mais elevado do que o do mês anterior, mas ainda podem mostrar algum reflexo da greve dos caminhoneiros, que ocorreu no fim de maio.

Pesquisa do Projeções Broadcast indica expectativas de superávit de US$ 5,4 bilhões a US$ 7 bilhões, com mediana de US$ 6,6 bilhões (15h00). Em maio, houve superávit de US$ 5,9 bilhões. A continuação da votação do projeto de lei que trata da cessão onerosa no plenário da Câmara, à tarde, também estará no radar.

Em relação aos combustíveis, a Petrobras anunciou que o preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias, que entra em vigor hoje, será de R$ R$ 1,9854, alta de 1,9% ante o atual R$ R$ 1,9486. Já o preço do diesel segue congelado em R$ 2,0316.

Às 9h11 desta terça-feira, o dólar à vista caía 0,48%, aos R$ 3,8905. O dólar futuro de agosto recuava 0,61% no mesmo horário, a R$ 3,9010.