O dólar recuou ante outras moedas principais nesta sexta-feira, 2, com o mercado ainda assimilando a renovação no clima de tensão comercial no globo, desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de novas tarifas sobre a China, na quinta-feira.

Próximo ao fechamento do mercado em Nova York, o dólar caía a 106,64 ienes, enquanto o euro subia para US$ 1,1111 e a libra avançava a US$ 1,2158. O índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis divisas fortes, fechou em queda de 0,30% aos 98,074 pontos.

O mercado seguia avaliando nesta sexta os impactos da tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses, imposta na quinta pelos Estados Unidos. A notícia renovou o clima de cautela entre os investidores, que têm buscado ativos de segurança – no mercado cambial, o dólar recuou ainda mais ante o iene, atingindo o menor nível para o mês. Como o franco suíço, que também subiu, a divisa japonesa é considerada mais segura que a americana.

O dólar também perdeu força ante rivais após a divulgação do relatório de emprego dos EUA, conhecido como payroll. O documento mostrou criação de 164 mil postos de trabalho no país em junho, número próximo mas um pouco abaixo da mediana das projeções das instituições consultadas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, de 170 mil postos gerados.

Com a moeda americana em queda diante da guerra comercial, o euro ante o dólar se fortaleceu. Para economistas do Western Union, a divisa foi apoiada pela divulgação das vendas no varejo da zona do euro, que subiu 1,1% em junho ante maio. “Ainda assim, os dados não devem oferecer um apoio significativo ao euro, especialmente depois que o número de maio foi rebaixado, ressaltando as perspectivas ruins do bloco”, diz o banco de investimentos, em relatório enviado a clientes.