O dólar recuou nesta quinta-feira ante outras moedas principais, fortalecendo-se em relação àquelas de países emergentes e ligados a commodities, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses.

Próximo ao fechamento do mercado em Nova York, o dólar caía a 107,35 ienes, enquanto o euro subia para US$ 1,1096 e a libra recuava para US$ 1,2148. O índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis divisas fortes, fechou em queda de 0,15% aos 98,369 pontos.

Na tarde desta quinta-feira, Trump, por meio do Twitter, anunciou que, a partir de 1º de setembro, imporá tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos da China que ainda não haviam sido alvo de ação similar dos americanos.

A notícia vem após o retorno da comitiva americana que foi ao país asiático para negociações comerciais. “Nós pensamos que faríamos um acordo com a China há três meses, mas, infelizmente, a China decidiu renegociar o acordo antes de assiná-lo”, criticou o líder da Casa Branca, em sua rede social.

Diante disso, o clima de cautela foi renovado nos mercados internacionais e o dólar recuou ante moedas consideradas mais seguras, como o iene e o franco suíço. Ao mesmo tempo, a divisa americana se fortaleceu ante as de países emergentes.

No início do pregão, o dólar se fortalecia ante outras moedas principais, diante da interpretação de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderia não realizar outros cortes nos juros americanos até o final do ano, apesar do corte de quarta na ordem de 25 pontos-base.

Na Europa, a libra bateu mínima em mais de dois anos, diante dos temores de uma saída do Reino Unido da União Europeia sem um acordo. O Banco da Inglaterra (BoE) manteve a política monetária, mas cortou projeções de crescimento e voltou a alertar sobre os riscos de um Brexit sem qualquer pacto com o bloco.