O dólar caiu frente a outras moedas fortes, com investidores se posicionando para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de amanhã. Nesta terça-feira, o quadro foi em geral de cautela nos mercados, com temores sobre a variante delta da covid-19 e seus impactos na atividade.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 109,74 ienes, o euro subia a US$ 1,1820 e a libra tinha alta a US$ 1,3882. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas fortes, caiu 0,23%, a 92,432 pontos.

A BK Asset Management afirma que a fraqueza da moeda americana foi influenciada pelo recuo dos juros dos Treasuries e também por dados modestos. Na agenda de indicadores, as encomendas de bens duráveis avançaram 0,8% em junho ante maio, abaixo da previsão de alta de 2,0% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Já o índice de confiança do consumidor subiu a 129,1 em julho, acima da expectativa de 124,0.

A variante delta da covid-19 segue como preocupação no radar. A Casa Branca, porém, comentou hoje que ela não provoca impacto econômico significativo nos EUA. Há ainda no país expectativa pela possibilidade de um pacote de gastos com infraestrutura, mas ainda em negociação no Congresso.

Nesta quarta-feira, o Fed deve manter os juros, acreditam economistas, mas pode dar mais sinalizações sobre as conversas para a redução gradual nas compras de bônus (“tapering”) que deve ocorrer adiante. A Capital Economics, de qualquer modo, diz que continua a projetar viés de alta para o dólar no segundo semestre, diante da persistência de divergências da economia dos EUA e de outras entre as desenvolvidas, “em termos de crescimento e, especialmente, de inflação”.

Entre outras moedas em foco, o dólar subia a 6,5122 yuans no mercado offshore. Uma investida regulatória de Pequim, que teve como alvo mais recente o setor de educação, tem pressionado ativos chineses, em meio a rumores de vendas de ativos chineses por investidores estrangeiros.

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