O dólar se aproxima dos R$ 3,80 no mercado à vista em meio a temores de que novos ruídos no governo e envolvendo o partido do presidente Jair Bolsonaro possam atrapalhar as negociações políticas e o andamento da reforma da Previdência na Câmara. Bolsonaro está reunido com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), no Palácio da Alvorada, para falar sobre a articulação política em busca de apoio à reforma no parlamento.

Operadores estão preocupados com a briga do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, além do suposto envolvimento de Bebiano em esquema de candidatura laranja do PSL na última eleição.

Bolsonaro disse que se as acusações forem comprovadas o destino de Bebianno será “voltar às suas origens”. O ministro, por sua vez, disse à GloboNews que não pedirá demissão.

O sócio-diretor da Assessoria Via Brasil, Durval Corrêa, diz que tem pressão compradora no dólar em meio a um movimento de fuga do risco político, gerado pelo barulho no governo, que traz desgaste e também porque ainda não há definição sobre a proposta de reforma da Previdência.

Esse conflito tende a enfraquecer a articulação do governo na Câmara”, prevê. Na máxima, o dólar à vista registrou R$ 3,7949 (+1,11%) e, o dólar março, R$ 3,7990 (+1,08%).