O dólar perdeu força e passou a cair ante o real nesta quinta-feira, 21, pressionado pelo enfraquecimento externo da moeda americana, a possibilidade de o Banco Central (BC) entrar com oferta extraordinária de swap cambial e expectativas de ingresso de fluxo estrangeiro, após ter começado a sessão em alta alinhada ao exterior.

Pesou também na correção inicial os ajustes de alta dos juros médios e longos nos primeiros negócios, após o Copom ter deixado as portas abertas sobre os rumos da taxa básica de juros, nas próximas reuniões, em função de um cenário mais adverso e incerto tanto no Brasil como no exterior. Além disso, foi precificado o salto do IPCA-15 de junho de 1,11% (ante +0,14% em maio), superando o teto do intervalo das projeções (de 0,54% a 1,07%).

O diretor da Correparti, Jefferson Rugik, diz que a alta inicial teve como pano de fundo o dólar forte no exterior mais cedo e também ajudado pela manutenção da Selic na reunião do Copom desta quarta-feira, 20. Segundo ele, o contraponto desta tendência e que leva a moeda a se enfraquecer ante o real é um possível anuncio por parte do BC de seus leilões de swap e um fluxo positivo esperado de operação da PAG Seguros, que pode captar em torno de US$ 1 bilhão na Bolsa de Nova York.

Às 9h53, o dólar à vista caía 0,35%, aos R$ 3,7608. O dólar futuro de julho estava a R$ 3,7635 (-0,25%), após recuar à mínima de R$ 3,7575 (-0,44%) e de subir até máxima de R$ 3,7970 (+0,61%) nos primeiros negócios. Na renda fixa, o contrato de DI para janeiro de 2021 caía a 9,65%, ante máxima em 9,88, de 9,67% no ajuste anterior.