O dólar se enfraqueceu de forma generalizada nesta sexta-feira, 3, depois que os dados de salário dos Estados Unidos apontaram reajuste aquém das expectativas de analistas, de acordo com o relatório de empregos (payroll) de abril. Além disso, o resultado da atividade do setor de serviços dos EUA também frustrou projeções, intensificando a divisa americana.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía para 111,11 ienes, enquanto o euro avançava para US$ 1,1199. O índice DXY, que mede a força da moeda americana ante outras seis divisas fortes, fechou em alta de 0,15%, cotada a 97,836 pontos.

Na manhã de hoje, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que foram criadas 263 mil vagas de emprego em abril, surpreendendo analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, cuja mediana das estimativas apontava para geração de 190 mil postos de trabalho. Apesar disso, o avanço mensal de 0,22% e o anual de 3,2% no salário médio por hora dos americanos frustrou as expectativas dos economistas.

Com isso, as preocupações com a fraqueza da inflação no país se intensificam, o que poderia afetar a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), apesar do presidente da instituição, Jerome Powell, ter afirmado, na quarta-feira, que isso se deve a fatores transitórios.

O euro também sofreu influência do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que cresceu 1,7% em abril, na comparação anual, acelerando após a alta anual de 1,4% registrada em março. O resultado superou a previsão de avanço de 1,6% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, embora tenha continuado abaixo da meta de quase 2% do Banco Central Europeu (BCE), fortalecendo a moeda única do bloco.