O dólar perdeu força nesta segunda-feira, após a divulgação dos gastos com consumo nos Estados Unidos, que apresentaram avanço acima do esperado, enquanto o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu de forma menos acentuada do que a prevista.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia para 111,67 ienes e recuava a 44,3650 pesos argentinos, enquanto o euro avançava para US$ 1,1188. O índice DXY, que mede o dólar ante outras seis moedas fortes, teve queda de 0,15%, a 97,857 pontos.

O dólar teve um início de dia fraco, à medida que manteve a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no radar. A expectativa é de que a autoridade monetária mantenha a taxa de juros inalterada na faixa entre 2,25% e 2,50%. Hoje, o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, voltou a ressaltar a independência do Fed, embora tenha reiterado que o governo continua apoiando o nome de Stephen Moore – que já se posicionou publicamente a favor de cortes nas taxas de juros do país – para a diretoria da instituição.

A moeda americana ganhou ligeira força instantes após a divulgação dos indicadores de consumo. Os gastos com consumo nos EUA avançaram 0,1% em fevereiro ante o mês anterior e apresentaram ganho de 0,9% em março, superando as expectativas de analistas. O núcleo do PCE, no entanto, mostrou resultado aquém do previsto ao subir 1,6% na comparação anual do mês passado e não sustentou o fortalecimento da divisa americana.

O peso argentino, por sua vez, encerrou o dia fortalecido em relação ao dólar no dia em que o Banco Central da República Argentina (BCRA) informou que poderá intervir no mercado fora da banda cambial. De acordo com a autoridade monetária argentina, poderá haver venda de dólares mesmo se o câmbio do dólar ficar abaixo de 51,448 pesos argentinos, com montante e frequência a depender da dinâmica do mercado.