O dólar chegou a operar com ganhos ante outras moedas principais nas primeiras horas do pregão desta terça-feira, 4, diante da avaliação entre investidores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tem mais instrumentos para estimular a economia do que o Banco Central Europeu (BCE). Ao longo do pregão, contudo, a divisa americana perdeu força, após um discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, com sinais de que pode haver um relaxamento monetário mais adiante nos EUA.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 108,07 ienes, o euro avançava a US$ 1,1263 e a libra operava em alta a US$ 1,2712. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, recuou 0,07%, a 97,072 pontos.

O DXY chegou a subir ante outras moedas fortes, com o euro pressionado após uma leitura modesta da inflação ao consumidor da zona do euro em maio e antes da reunião do BCE nesta semana. Ao longo do pregão, porém, o índice do dólar passou a recuar levemente, após o Fed sinalizar que pode haver relaxamento monetário mais adiante nos EUA.

Presidente do BC americano, Jerome Powell disse que o Fed agirá “apropriadamente” para sustentar a expansão econômica dos EUA, o que foi lido por analistas em geral como uma sinalização de que pode haver relaxamento monetário à frente. Por outro lado, Powell também advertiu que usar a política monetária para elevar a inflação traz risco de “excessos desestabilizadores” em mercados financeiros.

Vice do Fed, Richard Clarida ressaltou a importância de se monitorar não apenas os dados de inflação, mas também as expectativas para ela, comentando ainda que, caso a curva de juros dos Treasuries inverta de forma persistente, isso deveria ser levado a sério.

O dólar ainda recuou frente a várias moedas de países emergentes e ligados a commodities, diante de um ambiente em geral de maior propensão ao risco dos investidores nos mercados globais e com a sinalização do Fed. Com informações da Dow Jones Newswires