O dólar passou a cair e testou mínima abaixo de R$ 5,20, a R$ 5,1831 no mercado á vista há pouco. Fluxo de entrada de capital estrangeiro continua ocorrendo em meio apostas em novas altas da Selic neste ano e enfraquece mais o dólar, disse o operador Hideaki Iha, da corretora Fair.

Para a economista-chefe da CM Capital Markets, Carla Argenta, o mercado de câmbio passa por uma realização, acompanhando ajustes de baixa do dólar frente outras divisas emergentes pares do real no exterior, após essas divisas subirem em reação ao índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos mais forte do que o esperado em janeiro, ao maior patamar anual em 40 anos, afirma a economista. “O dólar subiu com o CPI, mas persiste também um pano de fundo de cautela fiscal em ano eleitoral, que levanta questionamento sobre a saúde das contas públicas.”

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A profissional avalia que o mercado realiza e devolve a alta intradia de mais cedo frente o real e outras moedas pares emergentes, porque apesar da surpresa com o CPI, o consenso do mercado em geral não mudou e a expectativa de que o Fed deve ser mais agressivo na alta de juros se mantém. “Um CPI forte Já estava bastante precificado pelo mercado”, afirma a economista da CM Capital. “Houve uma realização no mercado de moedas e valorização das divisas emergentes, incluindo o real”, observa.

Mas, segundo a economista da CM, o ajuste de baixa do dólar é limitado por preocupações com o cenário fiscal no Brasil, que coloca um piso na queda.