O dólar ficou perto da estabilidade ante moedas rivais nesta sexta-feira, após indicadores de atividade dos Estados Unidos divulgados hoje terem fornecido sinais “mistos” ao mercado, de acordo com analistas, ainda que o temor de avanço do coronavírus impulsione a divisa americana.

No fim da tarde em Nova York, o dólar operava estável em 109,79 ienes, o euro caía a US$ 1,0838 e a libra tinha leve recuo a US$ 1,3047. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, registrou leve ganho de 0,06%, a 99,124 pontos, e subiu 0,45% na semana.

De acordo com Kathy Lien, diretora-gerente de estratégia de câmbio do BK Asset Management, o “coronavírus ajuda o dólar iluminando a resiliência do país [na economia] e atraindo a demanda por ativos de segurança”.

Hoje, no entanto, “notícias mistas sobre o consumo, impulsionador da economia, fizeram com que o dólar norte-americano devolvesse alguns ganhos antes do feriado”, afirma o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union, em referência ao feriado da próxima segunda-feira nos EUA, Dia do Presidente.

Segundo analistas, dados de atividade “mistos” nos EUA em janeiro, como a produção industrial e as vendas no varejo, frearam o avanço da divisa americana.

“Embora os dados dos EUA tenham sido medíocres, não vimos uma deterioração extensa e isso por si só foi suficiente para tranquilizar os investidores de que, apesar de não estar imunes aos problemas da China, a economia dos EUA terá um desempenho superior”, pondera Kathy Lien.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar recuava a 18,5625 pesos mexicanos, a 14,9186 rands sul-africanos, mas subia a 61,3892 pesos argentinos, no fim da tarde em Nova York.