Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar fechou numa mínima em um ano nesta sexta-feira, quando engatou terceiro pregão de firme queda que levou a cotação à casa de 5,03 reais, com o câmbio repercutindo um rali global de ativos de risco que intensifica nos negócios o efeito do otimismo em curso sobre o Brasil.

O movimento global pró-risco foi deflagrado por dados mais fracos do mercado de trabalho dos Estados Unidos, os quais esfriarem expectativas de que o banco central dos EUA retire estímulos de forma precoce. Mantidos esses estímulos, mantém-se a liquidez farta que pode fluir para mercados emergentes como o Brasil.

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O dólar à vista caiu 0,93%, a 5,037 reais na venda. É o menor patamar desde 10 de junho de 2020 (4,9398 reais).

A divisa oscilou durante a sessão de 5,109 reais (+0,49%) a 5,033 reais (-1,01%).

Na semana, o dólar perdeu 3,41% –a segunda consecutiva de queda e mais intensa desde a semana finda em 7 de maio (-3,75%). Em junho, a moeda recua 3,61%, aprofundando a queda em 2021 para 2,98%.

Outros mercados também reagiram bem. O Ibovespa chegou a superar os 130 mil pontos e, mesmo fechando abaixo dessa linha, cravou novo recorde (segundo dados preliminares). Os juros futuros chegaram ao fim da sessão em queda de 10 pontos-base. Em Nova York, Wall Street teve um rali, com os índices muito perto de máximas históricas.

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