Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar fechou esta sexta-feira com a alta diária mais forte em mais de um mês, em meio ao fortalecimento global da moeda por realização de lucros, mas nada que aqui no Brasil impedisse a divisa de registrar a maior queda para abril desde 2016, com alívio no plano político-fiscal doméstico e também nos temores de inflação nos Estados Unidos.

O real teve em abril o segundo melhor desempenho entre as principais moedas, depois de passar boa parte do ano liderando as perdas.

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O dólar subiu 1,81% nesta sexta, para 5,4315 reais, maior valorização diária desde o último dia 24 de março (+2,20%). Houve ampla oscilação neste pregão: a cotação variou de 5,3363 reais (+0,03%) a 5,45 reais (+2,16%). No exterior, o índice do dólar saltava 0,75%, a caminho do maior ganho desde fevereiro.

Na semana, o dólar no Brasil caiu 1,19%, aprofundando as perdas em abril para 3,53%, na primeira queda mensal em 2021.

A desvalorização foi a mais forte desde novembro do ano passado (-6,82%) e, considerando apenas abril, a mais acentuada desde 2016 (-4,34%). Nos últimos quatro anos o dólar havia ganhado força nos meses de abril.

Com as perdas do mês, o dólar reduziu a alta no ano para 4,62%. Com isso, o real agora reveza com o sol peruano o posto de quinto pior desempenho em 2021, uma melhora de posição, já que durante boa parte do ano a moeda brasileira ficou na lanterna.

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