O dólar opera com volatilidade e entre margens estreitas nesta terça-feira. Os ajustes precificam a desvalorização predominante no exterior e o impacto da aceleração da inflação no Brasil.

A alta de 1,20% do IPCA-15 de outubro ficou acima da mediana esperada pelos economistas do mercado (1,00%) e no maior patamar desde fevereiro de 2016 (1,42%). O resultado mensal ficou ainda dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta de 0,83% a 1,25%. No mercado de juros, alguns vencimentos entraram em leilão mais de uma vez após bater máximas, como o janeiro de 2023, que abriu 60 pontos-base.

A aceleração da prévia da inflação oficial do País amplia a cautela em ambiente de incerteza fiscal, e também as expectativas de que o Banco Central pode ser mais agressivo na decisão de juros amanhã. Os investidores já apostam em alta até 200 pontos-base na Selic, mas a maioria espera elevação de pelo menos 125 a 150 pontos-base.

Às 9h31, o dólar à vista subia 0,12%, a R$ 5,5631, após mínima a R$ 5,5496 e máxima, a R$ 5,5696. O dólar para novembro tinha viés de alta de 0,12%, a R$ 5,5685.