O dólar está volátil nesta segunda-feira. Abriu em leve baixa e testou alta, de forma pontual e, em seguida, voltou a cair. No radar estão o avanço dos rendimentos dos Treasuries nesta manhã, em meio à espera de discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, hoje à tarde. É precificado ainda uma esperada alta de 0,75 ponto da taxa Selic, para 3,50% na quarta-feira, que deve melhorar o diferencial de juro interno e externo bem como a atratividade do país em termos de rentabilidade ao investidor estrangeiro.

A moeda americana oscila, após subir 1,79%, a R$ 5,4320 no mercado à vista na sexta-feira, dia de briga em torno da taxa Ptax do fim de abril. No mês passado, no entanto, o dólar acumulou perdas de 3,5% ante o real – maior que o recuo contabilizado por pares emergentes e ligados a commodities, como rand, rublo e lira turca, por exemplo.

A semana traz ainda o início dos depoimentos na CPI da Covid, a partir de amanhã, produção industrial de março, PMI de serviços e composto de abril (quarta-feira); vendas no varejo de março e IGP-DI de abril (sexta-feira). Também na sexta-feira tem o relatório de emprego dos EUA de abril, o payroll.

Às 9h26, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,1604%, de 0,1560%, o da T-note de 10 anos subia a 1,6368%, de 1,626% no fim da tarde de sexta-feira, e o do T-bond de 30 anos subia para 2,3065%, de 2,302%.

No mesmo horário, o dólar à vista tinha viés de alta de 0,05%, a R$ 5,4335, enquanto o dólar futuro para junho cedia 0,08%, a R$ 5,4450.

Mais cedo, o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,44% em abril, de 0,71% em março e 0,51% na terceira quadrissemana do mês passado, dentro das estimativas do Projeções Broadcast, que iam de alta de 0,37% a 0,48%, e em linha com a mediana de 0,44%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,23% no fechamento de abril, ante variação positiva de 1,00% em março e de 0,39% na terceira quadrissemana do mês. A informação foi divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador acumulou alta de 6,54% nos 12 meses até abril, maior do que o avanço de 6,11% ocorrido nos 12 meses até março

No setor corporativo, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 4,3 pontos em abril ante março, para 89,8 pontos, informou também a FGV. Em médias móveis trimestrais, o indicador teve queda de 1,0 ponto no mês.