O dólar renovou máxima a R$ 5,7995 (alta de 1,01%) no mercado à vista há pouco. O dólar para abril teve máxima a R$ 5,8005 (elevação de 0,72%). O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, afirma que o mercado de câmbio acompanha o dólar forte frente outras divisas emergentes e ligadas a commodities em meio à cautela em Nova York, após operações de fundos liquidando posições, gerando riscos de bancos quebrarem.

Portugal mantém suspensão de voos com Brasil e Reino Unido até meados de abril

“Não se sabe o tamanho dessas perdas e o investidor fica na defensiva, após ações de bancos, como Nomura e Credit Suisse, caírem quase 15% em NY mais cedo”, afirma a fonte.

Aqui, Nagem observa que a liquidez está aparentemente menor, favorecendo a alta também, por causa da antecipação de feriados em São Paulo e várias cidades da região metropolitana e pelo País, na tentativa de conter o descontrole da pandemia de covid-19.

Um outro operador de câmbio afirmou, na condição de anonimato, que há cautela política e fiscal apoiando o dólar também. “A percepção é de que empresários e banqueiros estão virando as costas para o presidente Jair Bolsonaro, o que aumenta o sentimento de isolamento do mandatário, além da sensação de que está tendo dificuldades para governar”, disse a fonte. “O presidente não consegue agregar mais nomes de peso do mercado e da economia ao seu governo, porque ninguém quer se alinhar a Bolsonaro”, justifica a fonte.