O dólar desacelerou o ganho, após tocar na máxima intraday ao R$ 3,2384 no mercado à vista na manhã desta quarta-feira, 17. O operador de câmbio da corretora Fair Hideaki Iha diz que o dólar passa por correção de alta, após quedas recentes ante o real, pressionado pelo viés positivo no exterior em meio a incertezas políticas nos Estados Unidos.

Aqui, segundo ele, traz pressão a possibilidade de a reforma da Previdência não passar no Congresso neste ano e também “não é notícia boa” a informação trazida pela investigação independente contratada pela Caixa, que cita um e-mail do gabinete do então vice-presidente da República, Michel Temer, para o vice-presidente afastado do banco Roberto Derziê.

“Conforme contato telefônico, segue o pleito para Superintendente Regional de Ribeirão Preto-SP”, diz a mensagem assinada com: “atenciosamente, Michel Temer.”

Para Iha, a menos que surja algo pior envolvendo o presidente Michel Temer, a notícia sobre ingerência política do MDB na Caixa não é novidade, “todo mundo sabe disso”.

Às 10h20, o dólar à vista subia 0,30%, aos R$ 3,2369. No mercado futuro, o dólar para fevereiro estava em alta de 0,37%, aos R$ 3,2430, após tocar em máxima aos R$ 3,2450.