O dólar continuou, no pregão desta segunda, 3, o movimento de correção de perdas visto na sexta-feira, depois de ter registrado em julho a maior queda mensal em relação a outras moedas fortes desde 2010.

Próximo ao horário do fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia a 105,99 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,1765 e a libra esterlina cedia a US$ 1,3074. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA ante uma cesta de seis rivais fortes, registrou alta de 0,21%, a 93,542 pontos.

“Enquanto o mercado está avaliando o aumento do euro e o desmaio do dólar, o cenário de baixa da moeda dos EUA não mudou, deixando-a vulnerável à fraqueza contínua”, avalia o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union. Hoje, mesmo com o apetite por risco em alta, com otimismo por indicadores que apontam para uma retomada da indústria no mundo, a moeda americana se fortaleceu.

“O dólar está se estabilizando após grandes perdas na semana passada”, comentam analistas do banco de investimentos Brown Brothers Harriman (BBH). Para os profissionais, no entanto, os fundamentos que sustentam a tendência de queda do dólar não mudaram.

A moeda dos EUA tem se enfraquecido devido à política monetária acomodatícia do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), à incerteza eleitoral nos EUA e à percepção de que a Europa sairá da crise primeiro. Em Washington, continuam as negociações entre republicanos e democratas em torno dos benefícios de auxílio-desemprego que expiraram em 31 de julho e o próximo pacote fiscal.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar também se fortaleceu. No final da tarde em Nova York, a divisa americana subia a 72,5439 pesos argentinos, a 17,2083 rands sul-africanos e a 22,6575 pesos mexicanos.

Na Argentina, surgiram relatos de que o governo de Alberto Fernández conseguiu chegar a um acordo com os credores privados sobre a oferta para a renegociação da dívida.