O dólar opera com viés de baixa no mercado à vista em meio a expectativas pelo leilão de petróleo da cessão onerosa, que começa às 10 horas, no Rio. O ajuste contraria o sinal positivo predominante da moeda americana no exterior em relação a divisas emergentes ligadas a commodities, com investidores monitorando as notícias sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Embora um acordo comercial sino-americano ainda seja provável nas próximas semanas, um resultado positivo não está garantido, apontam analistas do Commerzbank.

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) habilitou 14 empresas para o certame, entre elas Shell, Exxonmobil, Chevron. O bônus de assinatura é de R$ 106 bilhões. Sem ter ideia do tempo de duração do leilão, os investidores ficarão atentos à presença de grandes empresas estrangeiras no leilão, após a britânica BP e a francesa Total anteciparem que não vão participar. Há receio no mercado de que a Petrobras fique “sobrecarregada”, segundo apurou o Broadcast, comprometendo o pagamento de dívidas para arrematar as áreas pelas quais demonstrou interesse – Búzios e Itapu. Os dois campos custam cerca de R$ 70 bilhões. Há o risco de algumas áreas não receberem propostas. O bônus de assinatura é de R$ 106 bilhões.

Durante a manhã, serão monitorados também a votação da PEC Paralela, que inclui Estados e municípios na reforma da Previdência, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, e a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, de audiência pública na comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

Às 9h37, o dólar à vista caía 0,32%, a R$ 3,9806. No mercado futuro, o dólar para dezembro recuava 0,34%, a R$ 3,9870.