O dólar caiu frente a outras moedas principais, como o iene, nesta terça-feira, em quadro de certa cautela nos mercados internacionais. A moeda americana ainda acompanhou o movimento dos juros dos Treasuries, com expectativa de mais sinais de relaxamento monetário à frente de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nesta semana. Além disso, o peso argentino chegou a recuar mais cedo, mas se fortaleceu ao longo do pregão, em meio a leilões do Banco Central da República Argentina (BCRA).

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 106,24 ienes, o euro avançava a US$ 1,1104 e a libra tinha ganho a US$ 1,2174. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas fortes, recuou 0,16%, a 98,190 pontos.

O quadro de cautela nos mercados favoreceu o iene e o franco suíço em relação ao dólar. A divisa americana ficou também pressionada ante outras principais por causa da expectativa em relação ao Fed. O BC americano publica ata de sua última reunião nesta quarta-feira e ainda haverá, mais para o fim desta semana, o simpósio anual de Jackson Hole, com pronunciamentos de dirigentes da instituição, entre eles o presidente do Fed, Jerome Powell, que fala na sexta-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a insistir para que o Fed corte os juros em 1 ponto porcentual num período breve. Trump comentou também que não está pronto para fazer um acordo com a China, além de dizer que não vê risco de uma recessão econômica americana, no quadro atual.

Na Europa, o euro avançou após o premiê italiano, Giuseppe Conte, entregar o cargo. Agora, o presidente Sergio Mattarella deve abrir consultas sobre a sucessão. Segundo analistas, poderia ser possível evitar uma eleição antecipada, embora isso não seja garantido.

O dólar ainda recuava a 54,7478 pesos argentinos. A divisa sul-americana recuou mais cedo, em meio à posse nesta manhã do novo ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, que garantiu que o BCRA usará “todas as ferramentas” para manter o câmbio na faixa da semana passada. Ao longo do dia, o BCRA interveio com leilões de câmbio e também de Letras de Liquidez (Leliq), o que ajudou a apoiar o peso.