O dólar recuou ante rivais nesta quinta-feira, 28, em meio às tensões entre Estados Unidos e China em torno da situação de Hong Kong e à baixa liquidez no mercado, com as praças americanas fechadas pelo feriado de Ação de Graças.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar recuava a 109,52 ienes e a 0,9992 franco suíço, o euro subia a US$ 1,1012 e a libra avançava a US$ 1,2911.

Após o presidente americano, Donald Trump, ter sancionado ontem uma lei em apoio aos manifestantes pró-democracia em Hong Kong, o governo chinês ameaçou retaliar os americanos nesta manhã. O vice-chanceler da China Le Yucheng disse que a legislação é uma “séria interferência em assuntos internos da China e violação do direito internacional”, e o jornal Global Times relatou que os chineses consideram barrar a entrada de formuladores de lei dos EUA no território semiautônomo.

A lei assinada ontem por Trump, que havia sido aprovada pelo Congresso americano na semana passada, prevê sanções a indivíduos que violem direitos humanos nas manifestações em Hong Kong e uma fiscalização periódica das garantias de liberdade na região.

Na avaliação de George Vessey, estrategista de câmbio do Western Union, a liquidez reduzida pelo feriado “significa menos negociação no mercado e preços potencialmente mais irregulares nos próximos dias”. Vessey afirma, também, que o sentimento comercial permanece “cauteloso em meio à incerteza em andamento em torno das negociações comerciais EUA-China”.

Mesmo com a liquidez fraca, o dólar subiu novamente ante as divisas do Chile e da Colômbia, em meio à instabilidade social e política nos dois países. Há pouco, o dólar subia a 828,40 pesos chilenos e a 3.511 pesos colombianos.

Ante divisas emergentes, o dólar avançava a 19,5872 pesos mexicanos, mas recuava a 59,9042 pesos argentinos e a 14,7430 rands sul-africanos, no fim da tarde em Nova York.