O dólar recuou ante a maioria das divisas rivais nesta terça-feira, 10, mas subiu em relação ao iene, em meio à cautela no mercado internacional antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nesta quarta-feira, 11.

Outros eventos como a eleição no Reino Unido na quinta-feira, 12, a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) no mesmo dia e o prazo de 15 de dezembro para entrar em vigor uma elevação de tarifas dos Estados Unidos a produtos da China também mantêm o mercado de câmbio em compasso de espera.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia a 108,77 ienes, o euro avançava a US$ 1,1097 e a libra registrava alta a US$ 1,3194. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, caiu 0,24%, a 97,413 pontos.

“Melhores notícias sobre a maior economia da Europa impulsionaram o euro”, avalia Joe Manimbo, analista de mercado do Western Union, em referência ao índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha, que subiu de -2,1 pontos em novembro para 10,7 pontos em dezembro. Manimbo ressalta, ainda, que o euro reagirá ao discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde, após a decisão de política monetária na quinta-feira.

A libra, por sua vez, segue beneficiada pela vantagem do Partido Conservador nas pesquisas de opinião sobre a eleição geral do Reino Unido desta semana. Uma provável vitória da legenda do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, é vista como uma sinalização de que o acordo dele para o Brexit avançará. Hoje, a libra atingiu máxima intraday desde 28 de março ante o dólar.

A Capital Economics, no entanto, não prevê uma alta forte da libra se o resultado das pesquisas se confirmar nas urnas. “O avanço contínuo da libra esterlina nesta semana sugere que uma vitória dos conservadores nas eleições de quinta-feira já está quase precificada”, analisa a consultoria em relatório a clientes.

Permanece no radar, ainda, a guerra comercial sino-americana e a possível assinatura da chamada “fase 1” do acordo comercial entre Washington e Pequim. Hoje, a Dow Jones Newswires informou que, de acordo com fontes, autoridades americanas e chinesas avaliam adiar a elevação de tarifas dos EUA sobre cerca de US$ 156 bilhões em bens da China.

Ante divisas emergentes, o dólar avançava a 19,2599 pesos mexicanos e a 14,7970 rands sul-africanos, mas recuava a 59,7643 pesos argentinos, no final da tarde em Nova York.