O dólar interrompeu a tendência de recuperação observada nas três sessões anteriores e voltou a se desvalorizar na comparação com rivais nesta quarta-feira, 23. A divisa americana foi pressionada pelo fortalecimento de euro e libra, diante das perspectivas para que Reino Unido e União Europeia finalmente fechem acordo comercial pós-Brexit.

No fim da tarde em Nova York, o dólar cedia a 103,58 ienes. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos Estados Unidos ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 0,26%, a 90,413 pontos.

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Em relatório enviado a clientes, o Western Union explica que o DXY perdeu 6% em 2020 até aqui, a caminho de ter o pior desempenho anual desde 2017. “Com o dólar oferecendo muito pouco apelo aos investidores, ativos mais arriscados de rendimentos mais altos serão o que participantes do mercado vão procurar”, explica.

Na Europa, no horário em questão, o euro subia a US$ 1,2187 e a libra se elevava a US$ 1,3492. As duas divisas têm se mostrado sensíveis às negociações pelo tratado de livre-comércio para o período subsequente ao Brexit, a saída do Reino Unido da UE.

A Reuters informou que, segundo uma fonte diplomática, o pacto poderia ser revelado nesta quarta-feira. Uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, chegou a ser marcada para esta noite, mas depois foi cancelada. Segundo a emissora ITV, o texto já está pronto e os dois lados estão fazendo a revisão final.

Ante emergentes, o dólar operou majoritariamente com perdas, em baixa a 20,0601 pesos argentinos e a 14,6071 rands sul-africanos, mas em alta a 83,3771 pesos argentinos.