O dólar renovou mínima a R$ 5,6245 (-1,16%) no mercado à vista há pouco. O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, afirma que o mercado local acompanha a desvalorização do dólar ante algumas moedas emergentes no exterior, mas destaca que a queda é mais forte ante o real e a lira turca.

“O mercado local pode estar precificando possível nova alta de 150 ponto da Selic nesta quarta-feira pelo Copom, para 9,25%, que é um patamar de juro básico mais alto que o vigente em outros países emergentes e exportadores de commodities”, comenta a fonte.

No Chile, por exemplo, citou que o BC elevou sua taxa de juros em 1,25 ponto porcentual, para 2,75%, no dia 17 de novembro último, e o BC da Austrália decidiu hoje manter a taxa de juro básica em 0,10%. “Aqui, o governo não fez a lição de casa fiscal e a inflação está subindo, mas mesmo com esses riscos o país pode atrair algum volume de capital estrangeiro mais especulativo na falta de opção melhor lá fora”, avalia.

Nagem atribui ainda o dólar mais fraco ao apetite por ativos de risco, que apoia Bolsas e petróleo diante da menor preocupação com a cepa Ômicron do coronavírus e após dados da balança comercial da china e de produção industrial na Alemanha melhores que o esperado.

Para ele, apesar do impasse em torno da promulgação da PEC dos Precatórios no Senado, o mercado está apostando em um desfecho logo, com a aprovação da proposta pela Câmara.

Às 10h29, o dólar à vista recuava 0,90%, a R$ 5,6390. A moeda americana perdia ante 0,61% ante dólar australiano, -0,48% ante peso chileno e -0,98% ante lira turca, mas subia 0,24% ante peso mexicano e 0,62% ante rand sul africano.