O dólar furou o suporte dos R$ 5,43 e caiu à mínima a R$ 5,4260 no mercado á vista há pouco. O diretor Jefferson Rugik, da corretora Correparti, afirma que a ampliação da queda resulta da continuidade do desmonte de posições cambiais defensivas em função da aprovação da PEC dos precatórios na Câmara e pelo dólar fraco lá fora frente os principais pares emergentes do real.

Rugik diz que o fluxo cambial está muito fraco em função do feriado em Nova York, que mantém o mercado de Treasuries fechado nesta quinta-feira.

O operador Hideaki Iha, da corretora Fair, atribui a queda forte a um movimento de stop loss (parar de perder), ecoando ainda otimismo de que PEC dos Precatórios poderá ser aprovada pelo Senado e alívio também sobre o setor imobiliário na China, onde há expectativas de que o governo pode vir a relaxar sua política para o setor.

“Não vejo entrada de fluxo de estrangeiro, e a queda forte frente o real reflete um movimento de stop loss”, afirma Iha.

O operador avalia que, apesar das vendas fracas no varejo em setembro, o Banco Central deve seguir atento à inflação, podendo continuar subindo a Selic porque a injeção de recursos esperada na economia, via o novo Auxílio Brasil, deverá pressionar ainda mais a inflação em 2022.