O dólar acelera a queda e bateu mínima a R$ 5,1020 no mercado à vista perto do fim da manhã desta quarta-feira. Há um desmonte de posições cambiais, tanto no NDF (contrato a termo de moedas, negociado em mercado de balcão) quanto nos minicontratos de dólar, afirma Jefferson Rugik, CEO da corretora Correparti.

“Tem tido fluxo de entrada dos últimos IPOs, mas o que trouxe o dólar para os níveis de R$ 5,10 foi o desmonte de posições no mercado futuro”, afirma Rugik.

O gerente de Tesouraria do Banco da China no Brasil, Jayro Rezende, diz que a moeda americana amplia a queda recente, refletindo mudança de humor local conjugada com notícias internacionais. “As apostas contra o real estão se desfazendo um pouco, em um cenário de mais negociação entre governo e Congresso, que ajuda a tirar a pressão”, avalia.

No exterior, Rezende cita o pacote de ajuda fiscal europeu, as negociações do governo americano em torno de novos estímulos, avanços em vacinas contra o coronavírus, que estão pesando mais do que a cautela com a tensão entre EUA e China.