Dólar bate R$5,00 com real liderando perdas globais em dia de exterior arisco; BC faz leilão de swap

Funcionária de banco conta notas de 100 dólares em Hanói, Vietnã (Crédito: REUTERS/Kham/File Photo)
Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar chegou a superar a marca psicológica de 5 reais nesta terça-feira, com a moeda brasileira liderando com folga as perdas entre as principais divisas globais na sessão, mesmo depois de o Banco Central anunciar leilão extraordinário de swaps cambiais.
A moeda norte-americana bateu 5,0003 reais no pico da sessão, alta de 2,53%, às 11h45 (horário de Brasília), momento em que veio a informação de que o Bacen realizaria, entre 12h20 e 12h30 desta terça-feira, leilão de até 10 mil contratos de swap cambial tradicional.
Foram vendidos na operação, primeira do tipo desde o leilão realizado em 22 de dezembro de 2021, todos os 500 milhões de dólares ofertados na forma de contratos de swap cambial tradicional.
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A moeda desacelerou a alta logo após o anúncio do leilão, chegando a baixar para 4,9683 reais na venda às 11h46 (alta de 1,88%), antes de recobrar algum fôlego.
Às 13:02 (de Brasília), o dólar à vista avançava 2,13%, a 4,9807 reais na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 2,08%, a 4,9870 reais, após cravar 5,007 reais, máxima desde 21 de março passado.
O dia era de ampla valorização do dólar, cujo índice frente a uma cesta de rivais fortes subia cerca de 0,45%, rondando máximas em dois anos em meio a temores sobre intensificação do aperto monetário nos Estados Unidos e à perspectiva de desaceleração econômica na China.
Divisas emergentes pares do real, como pesos mexicano, chileno e colombiano, também operavam no vermelho, embora caíssem a ritmos bem mais comportados.
Além do exterior avesso ao risco, alguns investidores apontavam o ambiente político doméstico desconfortável como fator adicional de cautela.
A disparada do dólar no mercado local vem depois de a moeda já ter saltado 5,59% no acumulado dos dois últimos pregões, a mais forte valorização em dois dias desde 18 de maio de 2017 (+9,48%), quando os mercados derreteram após delação de Joesley Batista, um dos sócios da JBS, ter envolvido Michel Temer, então presidente da República.
Quando tocou os 5,0003 reais, no pico da sessão, o dólar superou esse importante patamar psicológico pela primeira vez desde 21 de março passado, ficando 8,5% acima da cotação de fechamento de 4,6075 reais registrada em 4 de abril –mínima desde março de 2020.
(Edição de José de Castro)
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