O dólar avançou ante outras moedas fortes e recuou em relação a divisas emergentes nesta quinta-feira, em meio ao apetite por risco sustentado no mercado internacional pela possibilidade de que Estados Unidos e China removam tarifas bilaterais.

Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar subia a 109,27 ienes e a 0,9952 franco suíço, enquanto o euro cedia a US$ 1,1047 e a libra recuava a US$ 1,2817. O índice DXY, que mede a variação da divisa dos EUA ante uma cesta de seis rivais, encerrou o dia em alta de 0,19%, aos 98,143 pontos.

O otimismo dos investidores no mercado global ganhou impulso, no início da tarde, quando a Bloomberg informou que os EUA confirmaram que a chamada “fase 1” do acordo comercial com a China incluirá a remoção mútua de tarifas.

Mais cedo, o Ministério do Comércio da China (MofCom) havia comunicado que americanos e chineses concordaram em revogar tarifas sobre produtos importados “em etapas”, caso o acordo preliminar seja assinado.

No meio da tarde, a Reuters noticiou que o plano para remover as tarifas enfrenta forte oposição interna na Casa Branca e a Fox Business relatou que a China quer a remoção de todas as tarifas impostas pelos americanos até o acordo ser concluído. Mesmo assim, o apetite por risco prevaleceu.

A libra foi penalizada durante a manhã após a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). O BOE manteve a taxa básica de juros do país em 0,75%, como era esperado, mas dois votos a favor de um relaxamento monetário sinalizaram uma postura mais “dovish” da instituição.

“A decisão dovish, junto com uma perspectiva moderada para a economia do Reino Unido, levou a libra esterlina a múltiplas quedas semanais”, avalia o analista do Western Union Joe Manimbo.

Já ante divisas emergentes, o dólar recuava a 19,1439 pesos mexicanos e a 59,6428 pesos argentinos perto do fechamento em Nova York.