O anúncio pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que havia chegado à “fase 1” de um acordo comercial com a China após dois dias de negociações de alto escalão em Washington fez o dólar subir ante o iene com o enfraquecimento da demanda por segurança, mas cair em relação a outros rivais e a moedas emergentes.

Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar subia a 108,45 ienes, enquanto o euro saltava a US$ 1,1047 e a 119,80 ienes, e a libra disparava a US$ 1,2668. O dólar australiano se valorizava a 0,6803 dólar. A moeda americana caía a 64,180 rublos russos, a 14,7486 rands sul-africanos e a 19,2971 pesos mexicanos.

O acordo parcial trouxe uma trégua igualmente parcial ao embate tarifário entre as duas maiores economias do mundo. “O que um acordo fase 1 significa é que Trump recebe validação dos mercados e a China consegue adiar o aumento de tarifas de outubro”, avalia a diretora-gerente de estratégia de câmbio da BK Asset Management, Kathy Lien.

Para ela, as próximas cinco semanas – o tempo que, segundo o presidente americano, será necessário para colocar o entendimento no papel – serão “realmente cruciais”. “Esta é a quarta vez que os EUA oferecem alívio à China e as relações comerciais azedaram rapidamente depois. Também há questões sobre se o aumento das tarifas em dezembro será suspenso.”

Kathy entende que justamente o fato de que o acordo está, por ora, apenas apalavrado “não impressionou” quem está comprado em dólar contra o iene, apesar da apreciação registrada pelo par.