O dólar chegou a mostrar fraqueza mais cedo, após uma leitura modesta da inflação nos Estados Unidos. Ao longo do dia, porém, o euro bateu mínimas de olho na arena política, o que fez a divisa americana ganhar fôlego e subir em relação a uma cesta de outras moedas principais.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 108,53 ienes, o euro caía a US$ 1,1288 e a libra recuava a US$ 1,2687. O índice DXY fechou em alta de 0,32%, em 97,000 pontos.

O dólar perdeu força após o Departamento de Comércio informar que o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou abaixo do esperado em maio, na comparação mensal e também na anual. A reação, contudo, teve pouco fôlego e a moeda chegou ao meio do dia em leve alta em relação a uma cesta de outras moedas fortes.

Na Europa, o euro perdeu o patamar de US$ 1,13 à tarde, após o presidente americano, Donald Trump, afirmar que avalia a imposição de sanções contra o gasoduto Nord Stream 2, que liga Rússia e Alemanha. Para Trump, isso seria um modo de proteger a Alemanha dos russos.

Após as declarações do líder americano, o euro ficou pressionado. Com isso, o índice DXY superou a marca de 97 pontos. As tensões comerciais entre EUA e China também foram monitoradas.

Além disso, o dólar avançava a 5,8174 liras turcas, de 5,8023 liras no fim da tarde de terça-feira. A moeda americana chegou a virar ao território negativo diante dessa divisa, após o Banco Central da Turquia decidir manter a taxa básica de juros em 24%, mas depois oscilou. Para a Capital Economics, apesar de não alterar os juros agora, o BC turco deu sinais de que caminha para um relaxamento monetário. A consultoria, contudo, acredita que o escopo para esses cortes de juros é limitado.