O dólar avançou de forma generalizada nesta quinta-feira, após indicadores americanos surpreenderem investidores de forma positiva, enquanto as moedas europeias foram penalizadas por dados mais fracos do que o esperado, ainda com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) e o Brexit no radar.

No fim da tarde em Nova York, o euro caía a US$ 1,1103 e a libra recuava a US$ 1,2846. O índice DXY, que mede o dólar contra uma cesta de outras seis fortes, fechou em alta de 0,14%, a 97,631 pontos.

Os índices de gerentes de compras (PMI) preliminares de outubro tanto da zona do euro quanto da Alemanha, “indicaram que a economia do bloco permaneceu quase paralisada” e sinalizam um início “perigosamente perto de uma estagnação” no quarto trimestre, apontam analistas da Oxford Economics.

Eles acrescentam que, à medida que o fluxo de indicadores fracos continua, aumenta a pressão sobre a nova presidente do BCE, Christine Lagarde, “para encontrar uma maneira de combater a desaceleração”.

Lagarde assume a presidência do BCE em 1º de novembro. Na última reunião sob o comando de Mario Draghi, a instituição confirmou a retomada do programa de flexibilização quantitativa (QE) e os apelos por uma política fiscal ativa, além da contínua necessidade de amplo grau de acomodação.

Em solo americano, por outro lado, o PMI surpreendeu de forma positiva o mercado e elevou a percepção de diferencial de crescimento entre a zona do euro e os Estados Unidos.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson propôs que o Parlamento britânico concorde com a realização de novas eleições em 12 de dezembro, como “moeda de troca” para aprovar o acordo do Brexit. “Se eles (parlamentares) querem mais tempo para analisar o excelente acordo do Brexit, que concordem com novas eleições em 12 de dezembro”, declarou o premiê.