O dólar operou em alta ante algumas de suas principais moedas concorrentes nesta segunda-feira, 25, com investidores buscando a segurança da divisa americana após serem anunciadas restrições para frear a pandemia de covid-19 que afetam a atividade em países da zona do euro. Gargalos no processo de imunização da população europeia também estimulam a cautela dos mercados, que ainda reflete a espera pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), a ser publicada na próxima quarta-feira.

Próximo do horário de término das negociações em Nova York, o dólar subia a 103,78 ienes, o euro recuava a US$1,2144, enquanto a libra caía a US$ 1,3669. O DXY, que mede a variação do dólar ante seis moedas fortes, fechou o dia em alta de 0,17%, a 90,391 pontos.

Os mercados seguiram a tendência de aversão ao risco da última sexta-feira por conta do recrudescimento da pandemia de coronavírus em diversas regiões do mundo. Sobre o euro e a libra, pesou a decisão do governo dos Estados Unidos de reintroduzir restrições a viajantes que tiverem passado pelo Reino Unido e 26 outros países europeus. Na Alemanha, o índice Ifo de sentimento das empresas caiu a 90,1 em janeiro, indicando perspectivas menos otimistas quanto a recuperação local da crise.

Há ainda preocupação quanto a possíveis gargalos nos programas de vacinação. Enquanto a União Europeia (UE) pressiona a AstraZeneca pela entrega de todas as doses prometidas pela empresa ao bloco, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que há “confusão” quanto à quantidade de vacinas disponíveis nos EUA.

Na Itália, a crise política local também contribuiu para a queda do euro ante o dólar. Hoje, o primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou que renunciará ao cargo após perder a maioria no Parlamento. A decisão ocorre mesmo após o premiê ter ganhado o voto de confiança do Legislativo italiano em votações na semana passada.