O dólar se fortaleceu diante de outras moedas principais, recuperando perdas registradas na sexta-feira e também em meio a alguns indicadores em geral positivos nos Estados Unidos. Em um quadro de maior apetite por risco, a divisa americana recuou frente a várias moedas de países emergentes e ligados a commodities.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 108,69 ienes, o euro recuava a US$ 1,1061 e a libra tinha baixa a US$ 1,2993. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, subiu 0,42%, a 97,800 pontos.

O BBH lembra em nota que o rali do dólar já ocorria logo cedo, apesar de uma leitura mais fraca do que o esperado do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de Chicago, na semana passada. Hoje, dados mistos foram divulgados nos EUA, mas houve leituras positivas, como o índice de atividade industrial do país do Instituto para Gestão da Oferta (ISM). O MUFG destacou que o setor industrial dos EUA voltou a crescer na pesquisa, em um quadro de maior confiança.

Continua, porém, a haver certa cautela com os desdobramentos do surto de coronavírus. A IHS Markit e o JPMorgan registraram avanço em janeiro no PMI da indústria global, mas o banco advertiu que a retomada será interrompida pelo problema na China e seus impactos.

Já a Western Union destacou a fraqueza da libra, atribuindo isso ao fato de que a retórica comercial inicial do premiê do Reino Unido, Boris Johnson, deu espaço a um tom menos amigável, o que “fez pouco para inspirar confiança” sobre a negociação de um acordo comercial com a União Europeia. Com a incerteza sobre os desdobramentos do Brexit, mesmo um dado positivo da indústria britânica ficou em segundo plano, apontou ainda a Western Union em relatório, na qual ressaltou ainda que o euro acabou também pressionado pela fraqueza da libra.

Com o maior apetite por risco, ante as moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar recuou a 18,8288 pesos mexicanos, a 14,8917 rands sul-africanos e a 63,739 rublos russos.