O dólar avançou ante outras moedas principais nesta segunda-feira, 22, em meio às tensões no Oriente Médio envolvendo o Irã, já que a divisa americana é considerada um ativo de segurança quando comparada às emergentes. O euro, por outro lado, é pressionado por expectativas de sinalização de relaxamento monetário na zona do euro, o que pode ser anunciado na quinta-feira, após a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Próximo ao horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar avançava para 107,91 ienes. Já o euro, na mesma marcação, caía a US$ 1,1210 e a libra recuava para US$ 1,2476. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, registrou avanço de 0,11%, a 97,257 pontos, acima da marca psicológica considerada importante de 97 pontos.

Na sexta-feira, o Irã apreendeu um navio britânico no Estreito de Ormuz, rota importante para o comércio de petróleo. Com isso, “muitos procuraram a moeda dos EUA como um refúgio das tensões geopolíticas no Oriente Médio”, diz um relatório do Western Union enviado a clientes. No entanto, o banco de investimentos pontua que “quaisquer resultados surpreendentes para os eventos de risco desta semana podem tirar a moeda da calmaria do verão”. Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt afirmou que o país pretende adotar “as medidas apropriadas” para garantir a passagem segura de embarcações pelo Estreito de Ormuz, ao comentar o comportamento iraniano.

Já o recuo do euro reflete expectativas pela reunião de política monetária do BCE, marcada para a próxima quinta-feira. Em meio à desaceleração do crescimento na zona do euro, o mercado pressiona por acomodações na política monetária, o que tende a depreciar adotada pela maioria da União Europeia.

A libra esterlina, por sua vez, recuou em relação ao dólar à medida que investidores avaliam a política do Reino Unido. Diversos ministros britânicos têm sinalizado que podem renunciar a seus cargos se Boris Johnson for nomeado líder do Partido Conservador, nesta terça, o que abre caminho para ele assumir o cargo de primeiro-ministro. O deputado defende que o Brexit ocorra no final de outubro, com ou sem acordo com a União Europeia.