O dólar renovou a máxima intraday na parte final da manhã desta segunda-feira, 17, em R$ 3,9288 (+0,57%) no mercado à vista, puxado pela máxima do dólar futuro de janeiro a R$ 3,9295 (+0,28%). O operador de câmbio da Necton Investimentos, José Carlos Amado, diz que o mercado opera o dólar em alta em meio a sinais de continuidade das saídas de capitais estrangeiros do país, a alta do petróleo e após uma revisão para cima da cotação do dólar no fim deste ano, na pesquisa Focus, de R$ 3,78 para R$ 3,83.

Um mês antes, a previsão estava em R$ 3,70. Para 2019, a projeção para o câmbio no fim do ano seguiu em R$ 3,80, ante R$ 3,76 de quatro pesquisas atrás.

O especialista avalia que a perspectiva do leilão de linha de US$ 1 bilhão no começo da tarde ajuda a conter uma alta mais acentuada ante o real, que está na contramão da queda do índice do dólar (DXY) no exterior e do viés de baixa registrado ainda em relação a algumas divisas emergentes ligadas a commodities.

Segundo ele, o cenário de indefinição sobre reformas no futuro governo de Jair Bolsonaro é pano de fundo ainda de cautela entre os agentes financeiros.