O dólar renovou máximas ante o real na manhã desta terça-feira, 6, em meio a um movimento de busca de proteção, segundo Jefferson Rugik, diretor da Correparti. “A palavra do dia é proteção em relação às eleições de meio de mandato nos EUA e, aqui, referente ao processo de transição do novo governo Jair Bolsonaro”, afirma. “A indefinição principalmente sobre a reforma da Previdência traz cautela porque Bolsonaro gostaria de votar ainda este ano, enquanto participantes da sua equipe acham difícil a aprovação da forma como quer o presidente ainda em 2018. Está dissonância traz intranquilidade aos mercados”, comenta o executivo.

Rugik já identificou compras defensivas via operações de Non Deliverable Forward (NDF-contrato a termo de moedas, negociado em mercado de balcão, cujo objetivo é fixar, antecipadamente, uma taxa de câmbio em uma data futura) e também no mercado à vista por parte de investidores e tesourarias bancárias.

Na máxima, pouco antes do fechamento deste texto, o dólar à vista subiu a R$ 3,7699 (+1,19%), enquanto o dólar futuro de dezembro avançou até máxima em R$ 3,7765 (+1,15%).