O dólar acelerou a alta e registrou máxima a R$ 5,3210 (avanço de 0,85%) no mercado à vista, ajustando-se ao fortalecimento no exterior frente outros pares emergentes do real e ligados a commodities, como peso mexicano e peso chileno.

O ajuste de alta precifica perspectivas piores para mercados emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil, e busca de proteção de investidores em meio a aversão a riscos no exterior, afirma o economista-chefe da Ativa Investimentos, Etore Sanchez.

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Para ele, o dólar amplia o ganho no mercado local por três fatores: perspectivas de diminuição do diferencial de juros interno e externo após o tom mais suave do comunicado do Copom e a postura mais hawkish do banco da Inglaterra, que fez mais um aperto nos juros hoje, e também da presidente do BCE, Christine Lagarde, ao alertar há pouco que os riscos de inflação na zona do euro estão apontando para cima, além da cautela com as tensões geopolíticas entre Ucrânia e a Rússia.

O economista ressalta que o mercado estaria se sentindo estimulado a ajustar posições compradas também, após o dólar acumular perdas na semana até ontem de 2,11% e, em 2022, de -5,37%, o que induz uma realização de lucros também.